segunda-feira, 22 de junho de 2009

Inversão de Interesses

Um dos princípios básicos de conhecimento obrigatório pelos agentes públicos é o da prevalência do interesse público sobre o particular.

Não é o que vem acontecendo, infelizmente, em Umuarama. Nos dias 20 e 21 de junho de 2009 (sábado e domingo), quando da realização da FEIMU (2ª Feira de Imóveis de Umuarama), na Praça Santos Dumont, foram bloqueadas várias vias de acesso à praça, durante os dois dias, em benefício de um evento comercial, resultando em grande congestionamento de veículos nas imediações, principalmente no baixadão da Avenida Paraná, privilegiando os organizadores do evento e causando transtornos a milhares de veículos da população que necessita transitar pela cidade. Entendo como injustificável impedir o trânsito em volta da praça central num sábado em horário de expediente comercial, quando se verifica grande circulação de veículos e pessoas nas ruas centrais da cidade.

Não é a primeira vez que fato dessa natureza acontece. Há poucos dias, durante manifestação pela alfabetização, com a presença do Vice-Governador do Estado, dezenas de ônibus que transportaram os alunos permaneceram estacionados ao redor da praça, localizada no centro financeiro da cidade, ocupando parte das vias públicas, dificultando enormemente o trânsito em pleno horário de expediente bancário, o que poderia ser evitado, bastava destinar local mais afastado para a permanência dos ônibus.

Teme-se a repetição do abuso, tendo em vista declaração do Prefeito que a Praça servirá para a realização de eventos. Nada contra os eventos e a destinação, a praça existe para ser usada, desde que não se cometa exageros como os verificados. Aliás, abuso de poder é vedado pela legislação do nosso País.

Não poderia deixar de manifestar minha discordância, na condição de umuaramense, esperando maior sensatez das autoridades responsáveis pela organização do trânsito em nosso Município.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Faculdade de Tecnologia Alfa de Umuarama - Portarias de Autorização do MEC

Em 2009 Umuarama ganha uma Faculdade com um novo conceito de Ensino Superior, tendo como referência a experiência de mais de 25 anos dos Mantenedores na área de Educação.

A portaria nº 1.390, de 14 de novembro de 2008, assinada pelo Ministro de Estado da Educação, Fernando Haddad e publicada no Diário Oficial de União, Seção 1, página 33, do dia 17 de novembro de 2008 autoriza a Faculdade de Tecnologia Alfa de Umuarama a iniciar suas atividades acadêmicas na cidade de Umuarama, no Estado do Paraná.

Os Cursos de Sistemas para Internet e Marketing, foram autorizados pela portaria nº 502, de 17 de novembro de 2008, publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, página 11, do dia 18 de novembro de 2008 e o Curso Superior de Processos Gerenciais, autorizado pela portaria nº 6, de 13 de janeiro de 2009, publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, página 13, de 26 de janeiro de 2009. Os três cursos foram autorizados para funcionamento no período noturno, com 50 vagas anuais cada.

Os cursos promovidos pela Faculdade de Tecnologia Alfa de Umuarama terão em média 2 anos de duração, com diferenciais para a vida profissional dos alunos.
Seja bem-vindo à Faculdade Alfa de Umuarama.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A implantação da Universidade Nova no Brasil (Reforma Universitária)

Muito se tem comentado sobre a implantação da Universidade Nova no Brasil, um novo modelo de ensino superior onde o acadêmico não escolhe a profissão que irá seguir imediatamente. É necessário cursar dois anos inicias que seria o ‘ensino fundamental’ da educação superior. Em um segundo momento deve-se escolher em que área deseja prosseguir os estudos, para somente depois escolher a carreira que o habilitará como bacharel, por exemplo. Porém, se faz necessário a reflexão de alguns itens da proposta de reestruturação da arquitetura acadêmica, ligando o cenário atual de ensino superior com o novo modelo proposto. O objetivo é refletir sobre algumas hipóteses de resultados após a implantação da reforma universitária e como seu modelo implicará em mudanças no formato de ensino superior atual, visando uma melhor formação profissional.

É comum a definição de que a educação superior existe para oferecer educação profissional. Isso leva o estudante a ter uma visão de mundo simplificada, ou seja, uma profissionalização deficiente. Os estudantes desde o ensino médio, quando ainda estão com seus 15/16 anos, precisam começar a pensar e optar pela profissão, principalmente aqueles que almejam ingressar em instituições públicas, cujo acesso é densamente competitivo. Nesse modelo apresentado já se inicia um processo de restrição da maneira de ver o mundo. Esses indivíduos são candidatos à profissão muito antes de serem candidatos ao saber. Com o descuido na preparação desses estudantes para um mundo complexo, torna-se muito freqüente a mudança de emprego e de ocupações ao longo da vida. O que resulta em profissionais que se formam e muitas vezes nem conseguem trabalhar na área. Segundo um estudo tabulado pelo Observatório Universitário com microdados do Censo Demográfico de 2000 do IBGE, um dos cursos que menos se trabalha na área depois de formado é Comunicação Social, com apenas 27% das pessoas graduadas atuando na sua profissão. Já a carreira que mais se trabalha na área é Pedagogia com 56% de seus profissionais. A questão que podemos levantar em relação a esses dados é se o modelo de ensino superior proposto para ser implantado, denominado Universidade Nova, resolverá ao menos uma parte desse problema de profissionais que se formam e acabam não trabalhando na área?

Segundo o INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em 2005, 11% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam matriculados em Instituições de Ensino Superior no Brasil. O Plano Nacional de Educação tem a meta de levar a educação superior a 30% dos jovens na faixa etária de 18 a 24 anos até o ano de 2010. Quando foi estipulada essa meta, não se falava ainda em Universidade Nova. Nós sabemos que estando na metade desse percurso e, ainda inseridos no modelo padrão de ensino superior, é praticamente impossível essa meta ser atingida até 2010. O que se pergunta é, se com a Universidade Nova essa realidade pode ser alterada e a meta ser atingida em um menor espaço de tempo? Outra reflexão que podemos fazer, é que se pensarmos no mercado de consumo, antigamente as pessoas compravam o que as empresas produziam. Na atualidade as empresas produzem o que as pessoas querem comprar. Então, se no mercado de consumo há evoluções, o ensino superior também necessita evoluir. Com a implantação da Universidade Nova, estaria ela cumprindo seu papel social respondendo as novas necessidades da educação superior que surgem na sociedade do conhecimento?

Embora polêmico, a Universidade Nova pode e deve contribuir para a evolução do ensino superior, e, precisa resultar em impacto extremamente positivo no desenvolvimento econômico e social do nosso país. Além de ser a única instituição social capaz de promover a recriação contínua da cultura. Em 2008 a Universidade de Brasília - UNB, entre outras universidades federais adotará este modelo, sua implantação é esperada com ânimo pela sociedade.

segunda-feira, 5 de março de 2007

O poder do marketing político

Os últimos seis meses foram tomados pelo estudo do tema deste artigo. Marketing político foi o assunto que desbravei em minha monografia de conclusão do MBA Marketing com o título A idoneidade do candidato como forma de persuasão do voto e seu uso no marketing político. Para contribuir com a sociedade relato aqui uma pequena parcela do estudo.

Associada ao desenvolvimento da propaganda está a história do marketing político; no início, a propaganda política era uma característica dos regimes autoritários e totalitários, depois com a chegada da democracia as pessoas não eram mais obrigadas a gostar desse ou daquele candidato, podiam comparar e escolher tendo acesso a informações importantes para decidir em qual iriam votar. As técnicas massacrantes do totalitarismo foram sendo substituídas pela persuasão.

Nos últimos quinze anos, os custos das campanhas eleitorais no Brasil aumentaram em proporção extraordinária. Hoje, elas não só figuram entre as mais caras do mundo, como ultrapassam em muito os gastos com eleições na mais portentosa democracia e economia do planeta, a americana. As raízes desse fenômeno repousam principalmente na fragilidade dos partidos e nas características do sistema eleitoral, porém, é pertinente também alertar a respeito da ignorância do eleitor e o controle que sofre a informação. Com relação a fragilidade dos partidos, falta conteúdo programático. Quanto ao sistema eleitoral, ele joga em terceiro plano o debate de propostas. As falhas e distorções de ambos estimulam a exploração da imagem individual dos candidatos, jogando inclusive políticos de uma mesma agremiação uns contra os outros. A manipulação dos meios de comunicação atendendo interesses mostra uma não verdade à população, encobrindo as feridas graves dos governantes e suas administrações. Abre-se, então, o caminho para a hipervalorização da propaganda, orquestrada por marketeiros muitas vezes pagos a preço de ouro. Não raro, trata-se de uma propaganda peculiaríssima, a que se faz nas campanhas – baseada exatamente no oposto do que receitam os melhores manuais de publicidade.

É importante esclarecer que existe o marketing político e o marketing eleitoral, o primeiro é algo mais duradouro, é quando o político no poder se preocupa em administrar de acordo com as necessidades da população. Já o marketing eleitoral aparece na hora do “vamos ver”, quando todos os(as) candidatos(as) saem à procura de um mandato de última hora. O marketing político é algo mais permanente, é quando o político no poder se preocupa em sintonizar sua administração com os anseios dos cidadãos. Isso acontece através da realização de pesquisas regulares, boa assessoria de comunicação, correção em possíveis falhas, publicidade dirigida etc. Trata-se de um trabalho a longo prazo.

Em uma campanha, o marketeiro deve pensar rápido e agir rápido. As ações e reações dos adversários são instantâneas. Deve-se analisar todas as informações possíveis e decidir pela melhor estratégia, e que pode e espera-se ser a mais correta. É muito importante também alertar que não existe estratégia certa ou errada. O que existe são estratégias que dão certo e outras que dão errado. Todas estas ações possuem um único objetivo, criar maneiras de persuadir o eleitor e fazer com que ele decida o voto.

Embora o marketing político utilize as mesmas ferramentas da comunicação convencional para lançar um produto ou serviço de uma empresa, o político não pode ser visto como um produto, não podemos vendê-lo. Visto que um produto antes de ser lançado são realizadas pesquisas, planejamento, produção e é apresentado ao consumidor que ainda não o conhece, é um lançamento, novidade. Já o político não pode ser considerado um produto. É um ser humano como qualquer outro, já existe há um certo período de tempo e tem ações no passado que não podem ser escondidas em sua totalidade.

O processo de elaboração e implementação de uma estratégia de marketing político envolve três momentos. O primeiro momento é o do diagnóstico. O segundo momento é o da elaboração da estratégia propriamente dita. No terceiro momento são estabelecidos os meios que deverão ser utilizados na implementação da estratégia definida.

As campanhas tem sido cada vez mais midiáticas. O país tem vivido, de modo mais significativo, tais experimentos, porém, lamentavelmente tem-se vivenciado grande controle da informação nas campanhas eleitorais por meio de alguns veículos de comunicação. A publicidade, o troca-troca e a barganha entre governantes e a mídia de massa.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

O poder da marca

As marcas são ativos financeiros e, sobretudo, estratégico, haja vista seu poder de influência. Somos atingidos por uma avalanche de marcas diariamente, porém armazenamos uma pequena minoria. O que é marca? Que valor possuem? Você já dever ter lido muitas definições sobre o que é marca e também deve ter percebido que não há uma “definição definitiva”.

Marca é um jeito de ser e fazer. As marcas devem estar preparadas para um novo ambiente. Importante é identificar os valores que estão associados às marcas, que é relacioná-las a pessoas. Ou melhor, a determinados tipos de pessoas. Partindo da idéia original de que marcas têm personalidade própria, como nós, podemos então atribuir valores humanos a elas, criando um padrão de identificação e uma personalidade associada a cada marca. Assim, uma marca pode ser sincera, competente, sofisticada, rude, agradável, etc. Com isso não há dúvidas que marcas têm personalidades.

Qualquer marca deve passar pelo processo de gestão para ampliar o poder de competição, e o primeiro passo é apresentar um posicionamento, ou seja, como você deseja que a sua marca seja percebida pelo seu público-alvo. Deve-se identificar a essência e os valores mais internos das marcas e, de dentro para fora, das empresas para o mercado, construir um discurso, uma postura e uma oferta. Alimente e nutre sua marca, para que cresça saudável, diferenciada e admirada por quem a consome, numa experiência de percepção e contato sempre enriquecedora.

Conceitue sua marca no mercado como um símbolo identificador, que distingue um produto ou companhia de seus concorrentes. Acredite, ouse e faça como grandes organizações, entre elas Coca-Cola que sua marca vale mais que todo o patrimônio tangível da companhia, ou então a Nike, que não possui nenhuma fábrica e tem a marca na lista das mais valiosas do mundo. Em um mercado onde o processo de produção está equiparado pelo avanço da tecnologia, é o valor percebido da marca, no entanto, que garante poder à empresa. As empresas vendem produtos. As pessoas compram marcas.

As marcas fortes são construídas, grande parte, pelos clientes. “Um cliente constrói uma marca como um passarinho constrói um ninho.” Laurie Lang, The Walt Disney Company. Um cliente dá forma a marca através de uma variedade de estímulos sensoriais para satisfazer uma necessidade individual. Alexandre Gama nos faz perceber o valor que uma Marca possui: “Uma marca tem que ser na mente o que uma tatuagem é no corpo.” Marca é uma paixão, cuide da sua como você cuida de você.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

O poder da informação

Como podemos definir a informação em um processo de gestão? Embora existam outros fundamentos mais complexos vamos utilizar uma definição bem simples para entendermos melhor o termo informação: é uma palavra derivada do latim e significa um processo de comunicação. Ela pode ser usada de duas formas, uma delas é para detectar oportunidades e com isso criar vantagem competitiva. Por outro lado, a informação pode também ajudar na defesa de ameaças provenientes da concorrência.

Mas por que a informação tornou-se tão importante e utilizada significativamente no modelo de gestão atual das empresas? Simples, ela passou a ser uma necessidade crescente para qualquer setor e é indispensável mesmo. Peter Drucker já dizia: "desde que me lembro, o mundo dos gestores tem sido turbulento, certamente até muito turbulento, mas nunca como nos últimos anos, ou como será nos mais próximos." Rodeadas desse meio turbulento com características diferentes das habituais as empresas precisam de alternativas seguras para tomadas de decisões. Esse turbilhão de acontecimentos externos obriga as empresas a enfrentar de frente situações que podem ser tanto uma ameaça como uma oportunidade. Portanto, tomar uma decisão hoje por parte de empresários e gestores é necessário estar bem informado do mundo que o rodeia. Assim, para a uma empresa atuar no mundo global ela tem que estar em estado de “necessidade de informação” permanente.

A gestão moderna exige que a tomada de decisão seja feita com o máximo de informação. A informação e o conhecimento são as chaves da produtividade e da competitividade. Observando este cenário apresentado somos levados a afirmar que as empresas deverão passar por uma reestruturação organizacional em torno da informação. É aqui que deve ter lugar a gestão de tecnologias de informação, consideradas como uma nova e importante fonte de vantagem competitiva. A realização constante de pesquisas é uma dessas ferramentas disponíveis nesse novo modelo de gestão. Segundo Carlos Reis, "Para que esta gestão de informação seja eficaz, é necessário que se estabeleçam um conjunto de políticas coerentes que possibilitem o fornecimento de informação relevante, com qualidade suficiente, precisa, transmitida para o local certo, no tempo correto, com um custo apropriado e facilidades de acesso por parte dos utilizadores autorizados".

Toda essa revolução da informação exige, assim, mudanças profundas no modo como vemos a sociedade na organização e sua estrutura, o que se traduz num grande desafio: aproveitar as oportunidades, dominando os riscos inerentes ou submeter-se aos riscos com todas as incertezas que acarretam.Podemos concluir dizendo que o acesso à informação e a capacidade de, a partir desta, extrair e aplicar conhecimentos são vitais para o aumento da capacidade concorrencial e o desenvolvimento das atividades comerciais num mercado sem fronteiras. As vantagens competitivas são agora obtidas através da utilização de redes de comunicação e sistemas informáticos que interconectem empresas, clientes e fornecedores.